domingo, 2 de novembro de 2014

Veleiro







Veleiro,
cigano de mares distantes
Quer contar tua história?
Teu roteiro,
Teu destino,
Teus dias de glória?
As tormentas gigantes,
as mordidas do mar...
Qual é teu caminho?
És intenso.
És sozinho.
Tu vai.
Tu vem,
bem devagar...
Há nada no porto, um vazio,
Saudade?
Aos poucos surge a imagem
de um mundo de velas,
entre barcos e sonhos.
Pois tu, veleiro,
trás nos olhos,
estranhas paisagens,
dos mundos gravados na alma.
Veleiro valente.
De mares bravios.
Sabor de onda, em suspiros.
Abre caminhos!
Até onde, tu cortas o mar?
Veleiro brioso.
Um cigano, sem lar...
Minha alma é um veleiro de sonhos,
Uma procissão nas noites, e nos dias...
O poema d’água.
Tormentas gigantes,
onde jamais ouve antes,
navegar.

Lucio Lauro B. Massafferri Salles
em parceria com Lauro Passos Salles Filho.